OXALA/OBATALA
Considerado como a mais importante Divindade no contexto religioso, Oxalá é cultuado em todo o território de cultura yorubana, com nomes diversos que variam de uma região para outra. Em Ile Ifé, Ibadan e outras localidades é conhecido como Orixan'la; na região de Ogbomosó é chamado de Orixá Pópó; em Ejigbo, Orixá Ogiyán; em Ijàyie, Orixá Ijàiye; em Ugbo, Orixá Onilé.
Oxalá é o Orixá do Branco, símbolo da pureza incontestável. Detentor do princípio genitor masculino, qualquer oferenda a ele dedicada deve ser composta de elementos inteiramente brancos.
É Juana Elbein dos Santos quem afirma que "O obí, a oferenda por excelência para os Funfun, é o obí ifin, o obí branco; todos os animais, aves ou quadrúpedes, devem ser dessa cor. O sangue vegetal é simbolizado pelo ori, manteiga vegetal, e pelo algodão; o sangue mineral pelo giz e o chumbo. Sua oferenda preferida é o sangue branco do igbin (caracol), equiparado ao sêmen, do qual os Irunmale da direita são os detentores por excelência." 1
Dentre as principais atribuições de Oxalá, está o completo domínio sobre a vida e a morte representado pelo "alá" - emblema-símbolo composto de um pano de brancura imaculada que mantém estendido, como forma de proteção, sobre as diversas formas de vida que ocorrem nos dois planos de existência. Oxalá é o Sopro Divino, a primeira manifestação individualizada de Olorun, que dá início a todo o processo da existência diferenciada.